sexta-feira

De pé seguiu caminhos que não estavam traçados

E fumava todos os cigarros que conseguia encontrar, lembrando outros fumos , inspirava e expirava este , este que lhe chegou assim de nada , porque dizem que não há fumo sem fogo tentava encontrar a chama que se derretia num borrão aceso
Tantas vezes se perguntava se isto era só isto … não podia ser , e procurava razões nas mais pequenas brechas do dia
De noite revolta-se na cama
Amanhã seria um dia com a mesma luz , amanhã …já sabia o que seria o dia
Olhava o maço meio vazio , seria o segundo ? já não contava as horas para fumar cigarros onde o fumo se esquecia  e nunca se desvanecia
Amanhã seria um dia , outro qualquer …de manhã iria ensaiar um sorriso, só porque dizem por aí, que de manhã se deve sorrir ao dia
Nem nunca percebeu porquê , quando as manhãs eram tudo menos menos sorridentes . E os cigarros , de manhã, nunca lhe souberam bem
Amanhã , se chegar … será que ainda conseguirá amar ? nunca se perguntou
Deixou de se revirar na cama
De pé seguiu caminhos que não estavam traçados, odeia caminhos traçados , detesta traçar caminhos
E na dúvida do amanhã , medida de tempo que nada lhe diz , pergunta.se… pergunta-se sempre… 

Teresa Maria Queiroz - Julho 2011

3 comentários:

Há.dias.assim disse...

Importa viver o presente, não o passado nem o futuro. Sempre o presente.

Unknown disse...

Minha queria, estou seguindo, adorei a escrita que você deixou no meu blog... besoirs

mfc disse...

Perguntamo-nos sempre e raramente encontramos respostas!